1. Cinderela Baiana
Pára tudo! Você não conhece este filme? Não acredito. É a obra-prima do trash. O ano era 1998. A banda É o Tchan estava no auge do sucesso, aparecendo em Gugu e Faustão praticamente no mesmo domingo. A loira Carla Perez estava despontando para ser o novo símbolo sexual brasileiro. Com um "tchan" avantajado, a dançarina (hoje, uma senhora de respeito, evangélica) teve a brilhante idéia de fazer um filme contando a sua vida. De menina pobre a símbolo sexual. Como ela gostava de crianças, colocou bastante diversas mensagens "do bem", como vocês podem ver neste brilhante final de filme (que eu deveria ter colocado nas dez cenas finais inesquecíveis de filmes). Ah, Lázaro Ramos participou desta pérola. Estou doido para que saia em DVD para assistir os erros de gravação.
2. Sexo, Amor & Traição
Mais um filminho que conseguiu o dinheiro da Ancine, mesmo tendo a Globo Filmes por trás. Essa obra, dirigida por Jorge Fernando em 2004, é uma versão do mexicano "Sexo, Pudor & Lágrimas", de 1999. O enredo é o seguinte: Dois casais com problemas se envolvem com a chegada de uma 3ª pessoa, que irá abalar seus relacionamento. Eles quiseram "abrasileirar" o filme. Para isso, mudaram logo o título e devem ter pensado: "Porra de 'pudor', brasileiro não vai entender essa palavra. E 'lágrimas' também não soa bem... vamos colocar mais 'pimenta' e meter um 'traição' no lugar". E aí fizeram um filme ruim. O mexicano era bastante divertido. Não merecia uma nova versão "abrasileirada". Mas parece que a criatividade está em baixa.... Além de cenas ruins, o elenco contava com Malu Mader, Murilo Benício, Fábio Assunção, Alessandra Negrini, Caco Ciocler e Heloísa Perissé. Precisa dizer mais alguma coisa depois de citar os atores? hehe
3. Qualquer um de Xuxa

4. Qualquer um com Didi de 15 anos pra cá

E os Trapalhões fizeram grandes filmes como "Os Trapalhões e o Mágico de Oróz", "Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão" e a que considero obra-prima, que me emociona até hoje, "Os Saltimbancos Trapalhões". No final da década de 80 e início de 90, a coisa já tava começando a ficar ruim. A presença constante de Dominó, Angélica, Xuxa e outras porcarias começaram a piorar a qualidade dos filmes. Os trapalhões ainda perderam Zacarias e Mussum (os mais engraçados) e a coisa degringolou de vez. Hoje os filmes começam com "Didi e..." e eu não verei nunca mais. (mais recentemente é Didi e Lili - personagem interpretada por sua filha)
5. O Primo Basílio
Filminho mixuruca. A série foi muito boa, o livro idem. Daniel Filho teve a excelente idéia: vou fazer um filme com isso. A história, resumidamente, é a seguinte: uma jovem trai o marido com o primo. A empregada dela descobre e a chantageia, transformando a vida da jovem um inferno. A direção é ruim, a fotografia (escurecida para dar um ar de envelhecido) foi a mais burra que já vi na vida. Se estamos em um cinema, que já é escuro, ainda vemos um filme na tela escurecido, fica insuportável de assistir. Só vou dizer os nomes dos dois atores para você mesmo fazer uma avaliação das atuações: Reinaldo Gyanechinni (marido traído) e Fábio Assunção (o primo Basílio). O único destaque fica por conta de Glória Pires como a empregada.
6. Cleópatra

7. O Guarani

8. Muito Gelo e Dois Dedos d'Água
Sinopse: Duas mulheres decidem se vingar da avó, que durante a infância delas as atormentava com conceitos rígidos sobre etiqueta e educação, sequestrando-a e levando-a para a casa de praia da família. Você iria ver um filme com esse enredo? Já é um mal sinal. Junte-se a isso a direção de Daniel Filho (ele pode ser muito bom em tv, mas no cinema...). E o elenco: Mariana Ximenes, Paloma Duarte, Ângelo Paes Leme e Thiago Lacerda. A pobre coitada da avó foi interpretada por Laura Cardoso. As cenas beiram o ridículo e não sei como ninguém tem autocrítica para pensar: "Porque estou filmando/interpretando essa merda?". Ah, o dinheiro... esse vilão que faz porcarias como essa serem produzidas...
9. A paixão de Jacobina
Em 2002, Fábio Barreto convocou Letícia Spiller para interpretar (se é que a ex-paquita sabe o que é isso) Jacobina, uma imigrante alemã que viveu no Brasil em 1870 e recebia mensagens de Jesus Cristo. A história é bem (pouco) interessante. Mas o Barreto conseguiu a grana do Ancine e fez essa pérola de filme. Chato, arrastado (não é novidade em se tratando de filmes de Fábio Barreto) e com atuações sofríveis (idem para filmes com Letícia Spiller e Thiago Lacerdo no elenco). Esse filme, com certeza, não precisaria existir. Teve até merchandising da Azaléia!!!!
10. Chatô - O rei do Brasil
Não sei se vocês sabem, mas a banda Guns N´ Roses (apenas Axl Rose permanece da original) está, desde 2002, para lançar o álbum Chinese Democracy, com canções inéditas. Há seis anos que está este lenga-lenga e nada de sair. Podemos dizer que o Chinese Democracy é o Chatô dos norte-americanos. A diferença é que o ábum da banda não utiliza dinheiro público. Já o nosso Chatô... o diretor Guilherme Fontes (que estava estreando na profissão e, estranhamente, já conseguia uma verba inicial de R$ 10 milhões) abocanhou 36 milhões para fazer o filme, em 1996. Até hoje, não foi finalizado. E o sacana continua aí, atuando em novela, com produtora (que foi montada com R$ 2 milhões) e ainda pede mais dinheiro para finalizar o filme, baseado no livro de Fernando Morais. Chatô é Assis Chateaubriand, o pioneiro da televisão no Brasil, nos anos 50. A história dele é riquíssima e daria um ótimo filme. Em 22 de fevereiro de 2008, a Controladoria Geral da União (CGU) determinou que Guilherme Fontes e Yolanda Machado devolvessem R$ 36.579.987,99 para os cofres públicos.